sábado, 10 de maio de 2008

CRONOLOGIA: MONTEIRO LOBATO


1882 - Em 18 de abril nasce em Taubaté José Renato Monteiro Lobato, Filho de José Bento Marcondes Lobato e Olímpia Augusta Monteiro Lobato, na casa do avô materno, José Francisco Monteiro, Visconde de Tremembé.
1886 - Nasce Ester Monteiro Lobato (Teca), outra filha do casal.
1888 - Já alfabetizado pela mãe, José Renato tem aulas particulares com Joviano Barbosa.
1889 - Em Taubaté, Monteiro Lobato freqüenta os colégios Kennedy, Americano e Paulista.
1893 - Altera seu nome para José Bento. Freqüenta o Colégio São João Evangelista
1894 - Ganha e usa (envergonhadíssimo) sua primeira calça comprida.
1895 - Em dezembro vai para São Paulo, onde em janeiro prestará exames para o ingresso no curso preparatório.
1896 - Reprovado regressa a Taubaté e ao Colégio Paulista. Durante o ano letivo colabora no jornalzinho estudantil O Guarani, coleciona textos que o interessam e lê muito. Em dezembro é aprovado nos exames que presta.
1897 - Transfere-se para São Paulo, interno (por três anos) no Instituto Ciências e Letras.
1898 - Em 13 de julho morre seu pai. No Instituto Ciência e Letras participa pela primeira vez das sessões do Grêmio Literário de Azevedo.
1899 - Em 22 de junho morre sua mãe.
1900 - Ingressa na Faculdade de Direito de São Paulo. Com os colegas de turma, funda uma Acadêmica, em cuja sessão inaugural faz um discurso intitulado Ontem e hoje.
1902 - É eleito presidente da Arcádia Acadêmica. Colabora com artigos sobre teatro no jornal Onze de Agosto.
1903 - Forma-se o grupo O Cenáculo, que reúne Monteiro Lobato, Ricardo Gonçalves, Cândido Negreiros, Raul de Freitas, Godofredo Rangel, Tito Lívio Brasil, Lino Moreira, José Antonio Nogueira.
1904 - Formado, Monteiro Lobato regressa a Taubaté. Vencedor de um concurso de contos, o texto Gens ennuyeux é publicado no jornal Onze de Agosto.
1905 - De Taubaté, Lobato queixa-se de vida interiorana. Acalenta planos de fundar uma fábrica de geléias em sociedade com um amigo.
1906 - Firma namoro com Maria Pureza da Natividade. Ocupa, interinamente, a promotoria de Taubaté.
1907 - Assume a promotoria de Areias.
1908 - Em 28 de março, casa-se com Maria Pureza.
1909 - Em março Nasce Marta, primogênita do casal. Insatisfeito com a pacatez de Areias planeja abrir uma venda.
1910 - Em maio nasce Edgar, seu segundo filho. Associa-se a um negócio de estradas de ferro.
1911 - Herda a fazenda Buquira, para onde se muda. Dedica-se à modernização da lavoura e da criação. Abre um externato em Taubaté, que confia ao cunhado.
1912 - Em 26 de maio nasce Guilherme, seu terceiro filho.
1913 - Insatisfeito com a vida na fazenda planeja, com Ricardo Gonçalves, explorar comercialmente o Viaduto do Chá.
1914 - Em 12 de novembro O Estado de São Paulo publica o artigo "Velha praça". Em 23 de dezembro, o mesmo jornal publica "Urupês".
1916 - Na vila de Buquira envolve-se com a política, mas logo se desencanta. Em fevereiro nasce Ruth, sua última filha. Inicia colaboração na Revista do Brasil, recém-fundada.
1917 - Vende a fazenda. Funda, em Caçapava, a revista Paraíba. Transfere-se com a família para São Paulo. Organiza para O Estado de São Paulo uma pesquisa sobre o saci. Em 20 de dezembro, publica crítica desfavorável à exposição de pintura de Anita Malfatti.
1918 - Em maio compra a Revista do Brasil. Em julho, publica com retumbante sucesso o livro "Urupês". Funda a editora Monteiro Lobato Cia. Publica, com o título O problema vital, um conjunto de artigos sobre saúde pública.
1919 - Rui Barbosa, em campanha eleitoral, evoca a figura do Jeca Tatu, reacendendo a velha polêmica.
1920 - O conto "Os faroleiros" serve de argumento para um filme de Antonio Leite e Miguel Milani.
1921 - Lançamento de Narizinho arrebitado, com anúncios na imprensa e distribuição de exemplares gratuitos para escolas, num total de 500 doações.
1922 - Inscreve-se para uma vaga na Academia Brasileira de Letras, mas desiste.
1924 - Incorpora gráfica moderníssima, à sua editora.
1925 - A editora de Monteiro Lobato vai à falência. Em sociedade com Octales Marconde, funda a Companhia Editora Nacional. Transfere-se para o Rio de Janeiro.
1926 - Concorre a uma vaga na Academia Brasileira de Letras, e é derrotado. Em carta ao recém-empossado Washington Luís, defende os interesses da indústria editorial. Publica em folhetim O presidente negro.
1927 - É nomeado adido comercial brasileiro em Nova Iorque, para onde se muda. Planeja a fundação da Tupy Publishing Company.
1928 - Entusiasmado com os Estados Unidos, visita em Detroit a Ford e a General Motors. Organiza uma empresa brasileira para produzir aço pelo processo Smith.
1929 - Joga na Bolsa de Nova Iorque e perde tudo o que tem.
1930 - Para cobrir suas perdas com o crack da Bolsa, vende suas ações da Companhia Editora Nacional.
1931 - Retornando dos EUA, funda a Companhia de Petróleo do Brasil. Organiza a publicação de várias histórias infantis no volume Reinações de Narizinho. Por alguns anos, seu tempo é integralmente dedicado à campanha pelo petróleo, e sua sobrevivência é garantida pela publicação de histórias infantís e tradução de livros.
1934 - Sua História do mundo para crianças começa a sofrer crítica e censura da Igreja.
1936 - Apresentando um dossiê de sua campanha em prol do petróleo, O escândalo do petróleo esgota várias edições. Ingressa na Academia Paulista de Letras.
1936 - O governo proíbe e recolhe O escândalo do petróleo. Morre Heitor de Morais, cunhado de Monteiro Lobato, seu correspondente e grande amigo.
1938 - Cria a União Jornalistica Brasileira, empresa destinada a redigir e distribuir notícias pelos jornais.
1939 - Carta de Lobato ao ministro da Agricultura precipita a abertura de um inquérito sobre o petróleo. Em fevereiro, morre seu filho Guilherme.
1940 - Recebe (e recusa) convite de Getúlio Vargas para dirigir um Ministério de Propaganda. Em carta a Vargas, faz severas críticas à política brasileira de minérios. O teor da carta é tido como subversivo e desrespeitoso.
1941 - Em março é preso pelo Estado Novo, permanecendo detido até junho.
1942 - Em fevereiro morre seu filho Edgar.
1943 - Comemoração dos 25 anos da publicação de Urupês.
1944 - Recusa indicação para a Academia Brasileira de Letras.
1945 - Em setembro, opera-se de um cisto no pulmão. Recebe e recusa convite para integrar a bancada de candidatos do Partido Comunista Brasileiro. Envia saudação a Luís Carlos Prestes, a ser lida no comício do Pacaembu. Integra a delegação de escritores paulistas ao I Congresso Brasileiro de Escritores.
1946 - Muda-se para a Argentina. É contrário à fundação de um Museu de Arte Moderna em São Paulo. Prepara para a Editora Brasiliense, a edição de suas obras completas.
1947 - Regressa ao Brasil.
1948 - Em abril, um primeiro espasmo vascular cerebral afeta a motricidade de Monteiro Lobato. Em 5 de julho, morre de madrugada, seu corpo é velado na Biblioteca Municipal, e o sepultamento realiza-se no Cemitério da Consolação.

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